Depois da morte de Jardel Filho, protagonista de Sol de Verão, novela de Manoel Carlos na Globo, o autor sugere a redução da novela e a emissora não concorda. Descontente, decide não renovar seu contrato com a emissora. Surge então o convite de Mauricio Shermman para Maneco escrever a minissérie que substituiria Marquesa de Santos, sendo portanto, a segunda experiência dramatúrgica da jovem Manchete.
Manteve a audiência de Marquesa de Santos, sua antecessora: cerca de 7 pontos.
Manoel Carlos disse na época que sua inspiração foi o livro de Theodore Dreiser, Uma Tragédia Americana, que serviu também de inspiração para o filme Um Lugar ao Sol, de George Stevens, com Liz Taylor e Montgomery Clift, e a novela Selva de Pedra, de Janete Clair.
Impossível comparar a repercussão de Viver a Vida com o filme e a novela global, o que não foi problema para Maneco. A sua minissérie se enquadrava no quase lançamento da emissora, e as dificuldades com audiência, naturalmente, existiam, mesmo contando com o elenco afiado e a ótima direção de Mário Márcio Bandarra.
Destaque para a interpretação de Louise Cardoso como Marly, uma das protagonistas.
A minissérie foi reprisada no Romance da Tarde de setembro a 31 de outubro de 1986, de segunda a sexta-feira às 14h15.
Texto originalmente escrito por Miguel Rivera, em 21/01/2006