Cabare do Barata. Logo 1990

Cabaré do Barata

Cabaré do Barata foi um programa humorístico semanal, apresentado por Agildo Ribeiro, entre os anos de 1988 e 1990, às quartas-feiras.

O Cabaré do Barata foi um programa humorístico semanal, desenvolvido, interpretado e apresentado por Agildo Ribeiro entre 1989 e 1990, pela Rede Manchete. No programa, o personagem Barata, interpretado por Agildo, interagia com bonecos que davam vida a personalidades brasileiras contemporâneas, principalmente da cultura da política.

Troca-troca ‘infame’

Depois de uma passagem de sucesso pela Bandeirantes, Agildo Ribeiro foi contratado pela TV Manchete para ocupar a vaga deixada desde o fim do humorístico de Costinha na emissora. Costinha, por outro lado, fez o caminho inverso, assinando com o canal 13 paulistano.

Trecho do Cabaré do Barata - 1988 a 1990

O Cabaré do Barata ia ao ar às quartas-feiras, na faixa das 22h30, sucedendo a novela principal da Manchete, ou seja, Kananga do Japão – até março de 1990 – e Pantanal a partir de então.

Portanto, Agildo Ribeiro ocupou a linha de shows durante o período de maior prestígio e audiência do canal, herdando índices consideráveis, principalmente quando Kananga do Japão deu lugar à trama de Benedito Ruy Barbosa. O Cabaré do Barata segurava a audiência na casa dos dois dígitos e era também um sucesso de repercussão e crítica.

Agildo Ribeiro estreou na Rede Manchete em agosto de 1989, no pacote das primeiras grandes novidades de Jayme Monjardim como Diretor Artístico do canal. O programa atravessou as primeiras eleições para Presidente daquele ano (a primeira depois de 30 anos), e também repercutiu os primeiros meses do conturbado governo Collor de Mello. Ácido, irônico e factual, incomodou a classe política que, incomodada, pedia providências à direção da emissora.

Censura?

Em julho de 1990, o Cabaré do Barata cedeu seu horário para as transmissões da Copa do Mundo. Durante o evento, assim como també ocorreu na edição de 1986, a Manchete prometia o maior número de horas de transmissões entre as emissoras. Para isso, programas considerados não essenciais tiravam férias durante as quatro semanas do evento.

Porém, diferente do que aconteceu com outros programas, o humorístico de Agildo Ribeiro não voltou a ser transmitido após o fim da Copa da Itália. Sem um posicionamento formal da emissora, de quem ouvia sempre que a volta ocorreria “em breve”, o humorista continuou recebendo seu salário sem trabalhar, até o fim do seu contrato, em 1992.

Durante o período, se dedicou a outras plataformas (teatro, livros, etc), e compareceu a entrevistas em outros programas, principalmente o de Jô Soares (devidamente liberado pela Manchete). Um ano após o fim do seu contrato com a Manchete, o humorista passou pelo SBT e voltou para a Globo.