Minissérie ‘As Aventuras Amorosas de Seu Quequé’

“As Aventuras Amorosas de Seu Quequé” estiveram de junho a julho de 1992 às 21h30 numa curta temporada onde grupo IBF comandava a MANCHETE.

Sinopse: Nordeste brasileiro, final da década de 20. O caixeiro-viajante Ezequias Vanderlei Lins é popularmente conhecido como Quequé, figura simpática, cheia de carisma e um homem íntegro e trabalhador que se dedica ao único código em que acredita: o amor. Ao amor ele se entrega e, como resposta à sua completa dedicação, mantém três esposas, três famílias bem constituídas. Em Pernambuco, na cidade de Nova União, Quequé é casado com Eleuzina. Santinha é sua esposa em Chegança, no Estado de Alagoas. E, em Catulé, no Sergipe, criou raízes com Nicinha. Essas três mulheres são seus legítimos rabos de saia. Obviamente umas não sabem das outras, mas com todas ele é feliz e para todas traz felicidade.

Sempre de terno de linho, chapéu-panamá, sapato de duas cores e um relógio de bolso, Quequé encarnava o machão brasileiro, mulherengo e falastrão. Mudava de personalidade, caráter e as cores das roupas para apresentar-se a cada esposa. Ao fazer malabarismos para atender aos desejos da fogosa Eleuzina, ele vestia bege; da aristocrática Santinha, usava azul-marinho e preto; e da semi-adolescente Nicinha, o branco.

Foi com uma enorme gargalhada que Nicinha conheceu o “Quequezão”, tiveram um filho e se tornaram inteiramente felizes. Nicinha é a mais nova das três esposas do caixeiro-viajante. Moleca, livre pela idade, inconsequência e por uma graciosidade irresistíveis, mistura, em dosagens harmônicas, inocência e perigo, ingenuidade e feminilidade.

Santinha, a esposa do meio, é a recatada Dona Santa, mulher que enviuvou cedo, absolutamente bela e de origem aristocrática. Pessoa respeitadíssima em Chegança, por seu status, e muito cobiçada por sua beleza, Santinha é a imagem do recato e da fé, na verdade suas grandes armas de sedução. Recolheu-se em sua viuvez até conhecer o Ezequias, com quem se casou três meses depois e teve mais dois filhos, que cria junto com os dois do primeiro casamento.

Com Eleuzina, a relação madura, meio maternal, profundamente honesta, na qual o caixeiro-viajante pode se mostrar como é. Pois em Eleuzina reside a principal referência de Quequé. Alegre, autêntica, vivida, forte, companheira de boemia, é com Eleuzina que o caixeiro-viajante casou-se primeiro e teve quatro filhos. Ela é uma mulher que o mina com sensualidade e que o ama com proteção.

Se as esposas de Quequé não passam de uma grande fantasia, ou se são três aspectos de uma única “mulher ideal”, o fato é que elas existem e se completam, e preenchem a vida do caixeiro-viajante.

Comentários: Produzida pela TV Cultura de São Paulo, a exibição desta minissérie foi um dos primeiros efeitos da curta temporada que o Grupo IBF passou no comando da Rede Manchete.

Texto originalmente escrito por Ricardo Santos de Almeida, em 11/04/2005

Por Diogo Montano

Diogo Montano é Bacharéu em Ciência da Computação, pós graduado em Gestão de Negócios, e trabalha há quase vinte anos unindo duas coisas que sempre gostou: comunicação e tecnologia. Cresceu assistindo à Globo e Manchete, canais de tv que tinham as melhores imagens da região. Em 1999, ainda antes de entrar na faculdade, publicou a primeira versão deste site, logo após a venda da Manchete.