TV Manchete no Nordeste

As emissoras de Fortaleza e Recife ainda demorariam um tempo para entrar ao ar. Em 1983, iniciaram os primeiros movimentos para a implantação da TV Manchete Recife, que ocuparia o canal 6, da antiga TV Rádio Clube (afiliada Tupi). O jornalista Fernando Luiz da Câmara Cascudo foi responsável por formar a primeira equipe, com profissionais como Léia Campos e Jorge Gomes de Sá.

A geradora pernambucana estreou em 1984 (não foi possível encontrar a data precisa) apenas repetindo o sinal vindo do Rio de Janeiro e uma pequena equipe produzindo matérias para os telejornais da rede. Mesmo tendo suas emissoras locais próprias em duas das principais cidades do Nordeste, as geradoras da Manchete atuavam apenas como meras repetidoras da programação gerada pela Manchete no Rio.

As primeiras experiências com jornalismo local iriam apenas começar no final dos anos 1980, quando a direção da Manchete lança o formato “Praça em Manchete“. Deste modo, surgiria telejornais como “Ceará em Manchete” (Fortaleza), e “Nordeste em Manchete”, depois “Pernambuco em Manchete” (Recife). O espaço era de apenas 15 minutos.

O escritório da TV Manchete do Recife estava localizado na avenida Dantas Barreto, no centro da cidade. A torre e os transmissores ficaram em Olinda, ao lado do complexo da TV Globo Nordeste.

O canal 2 de Fortaleza entrou ao ar no dia 12 de fevereiro de 1984. O Grupo Bloch projetou um edifício apropriado para a emissora na avenida Antônio Sales, próximo às demais emissoras de televisão, no bairro de Dionísio Torres. Foi exibido “O Mundo Mágico”, às 18h30, o mesmo programa exibido na inauguração da Manchete do Rio e o filme “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”.

A equipe local de jornalismo, formada pelo jornalista Ruy Lima (hoje na TV O Povo, canal 48), enviava matérias para o Rio de Janeiro, com fins para exibição nos telejornais da rede. Depois veio o programa Ceará em Manchete, que entrou ao ar entre os anos de 1986 e 1987. Com o fim da Rede Manchete, em 1999, o novo grupo – a RedeTV! – permaneceu com o prédio, porém desativou os jornais locais, voltando a função de repetidora da programação nacional, com uma pequena equipe que envia matérias para a rede.

Fonte: http://www.telehistoria.com.br/thnews/colunas_integra.asp?id=4170

Por Diogo Montano

Diogo Montano é Bacharéu em Ciência da Computação, pós graduado em Gestão de Negócios, e trabalha há quase vinte anos unindo duas coisas que sempre gostou: comunicação e tecnologia. Cresceu assistindo à Globo e Manchete, canais de tv que tinham as melhores imagens da região. Em 1999, ainda antes de entrar na faculdade, publicou a primeira versão deste site, logo após a venda da Manchete.