Horário: 21h30. De 19 de julho de 1989 a 25 de março de 1990. 208 capítulos. novela de Wilson Aguiar Filho. colaboração de Leila Miccolis. baseada na idéia original de Adolfo Bloch e Carlos Heitor Cony. direção de Tizuka Yamasaki, Carlos Magalhães, Marcos Schechtmann e Wilson Solon. direção geral de Tizuka Yamasaki e Carlos Magalhães
A partir de agosto de 1989, uma novela traria de volta a Rede Manchete ao caminho das superproduções. Idealizada por Adolpho Bloch, entrava no ar Kananga do Japão. O sucesso veio rápido. Com um trabalho minucioso, a equipe da novela reconstituiu, em tamanho real, a Praça Onze da década de 30. A cidade cenográfica foi construída em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Cidade cenogáfica de Kananga do Japao
No início de 1989, Adolpho Bloch conversava com Carlos Heitor Cony sobre a realização de um antigo projeto de sua própria autoria. Baseado em passagens de sua vida, o empresário pediu ao escritor que preparasse a sinopse da novela. E assim Cony o fez. A sinopse foi apresentada e a novela começou a ser produzida com autoria de Wilson Aguiar Filho e direção de Tizuka Yamazaki.
Com fatos históricos, trama romântica leve e uma direção de primeira qualidade, a novela registrou média de 15 pontos de audiência. Foi um sucesso de público e principalmente de crítica, que contribuiu para a consolidação da emissora naquela época. Crescimento esse que culminaria na explosão do sucesso Pantanal, que viria a seguir.
Cristiane Torloni e Raul Gazolla eram Dora e Alex, protagonistas da novela
A novela misturava ficção com realidade. O pano de fundo era o movimento musical dos anos 30, o que proporcionou um enlevo mágico ao projeto. No entanto, o autor soube costurar o folhetim com os principais momentos da história do país na década enfocada, como a Intentona Comunista de 35, que ganhou muita força no roteiro, principalmente com a dupla Cassiano Ricardo e Bettina Vianny ao encarnarem Carlos Prestes e Olga Benário.